Contrariamente ao passado, a mulher actual  quer uma sexualidade plena, que não se restrinja ao acto mecânico da  penetração ou da exclusiva satisfação masculina de outros tempos.
Na  mulher adulta, a plenitude sexual divide-se em três fases  complementares: o desejo, a excitação e o orgasmo. Assim, muito mais do  que uma satisfação fisiológica, o acto sexual deve ser um momento de  amor dividido com quem se ama, uma actividade envolta em erotismo e não  em pornografia. É nessa procura que, muitas mulheres ou sofrem o  desencanto da sexualidade ou procuram parceiros capazes de lhe dar esse  prazer.
Isto porque, para a mulher é fundamental amar e ser amada e,  essa expressão afectiva resulta num acto pleno de trocas e carícias que  percorrem o corpo, os sentidos e se projectam num momento intenso de  prazer.
A falta de desejo e interesse pela actividade sexual pode  então ter várias causas: factores hormonais, dores na penetração pela  falta de excitação e lubrificação, timidez, medo de dizer ao  companheiro, falta de desejo pelo parceiro, pouca coragem para melhorar a  sexualidade ou ter um parceiro possessivo e pouco aberto ao diálogo e à  mudança.
Muitas vezes, o acto individualista do homem se concentrar  no seu prazer e de descurar a mulher, inibe-o de descobrir outras  formas de prazer para si e para ela, já que muitos homens desconhecem o  mundo feminino e as suas potencialidades. As fantasias do homem  esgotam-se no cumprimento de filmes, revistas, posições infinitas e não  contemplam o prazer de cada momento.
A mulher quer novidade, mas  intensidade e entrega do parceiro; cada posição requer gestos afectivos e  amor. Quer que ele a dispa de preconceitos e sabedorias ancestrais e  que vivam em conjunto a descoberta do corpo, do que lhes dá mais  excitação e prazer, que façam fantasias e que recriem os momentos para  elas.
Na sociedade moderna, o conhecimento da sexualidade e o  diálogo com o parceiro constituem aspectos decisivos para uma  sexualidade que é distinta entre homens e mulheres. A condição adulta  feminina requer compreensão, tempo, partilha e a sensação de que o  parceiro está no acto para que o prazer seja de ambos.
Tal como o  homem não é um objecto de prazer que deverá estar sempre disposto a  cumprir um acto leviano, igualmente a mulher não o aceita dessa forma.
O  homem tende a mostrar-se impotente quando não pode cumprir a sua função  de macho como deseja e como lhe foi instituído, pelo que a mulher,  muitas vezes, arranja desculpas para fugir à sexualidade, pois esse  estilo já não se enquadra nas suas expectativas.
Eis pelo que a  sexualidade na era moderna não é satisfatória como seria desejado. No  fundo, o essencial é que ambos desenvolvam competências actualizadas e  capazes de conferir a plenitude sexual que, sem dúvida é um ponto de  união na conjugalidade.
A mulher tem fantasias sexuais, quer desejar  e ser desejada e considera-se interessante na intimidade. Por natureza,  leva mais tempo para se excitar e para que tal aconteça, precisa de se  sentir atraída pelo companheiro, que ele a acaricie, que seja criativo  nos preliminares e sem pressa para chegar à penetração, exige o orgasmo  que é uma vitória da cultura moderna.
Os estudos relativos à  sexualidade mostram que, contrariamente aos homens, só uma parte das  mulheres se sentem satisfeitas na sexualidade, o que revela um pouco  desenvolvimento intelectual e cultural do homem em muitas civilizações,  mas também o silêncio das mulheres que aceitam a frustração de uma  sexualidade pobre e pouco gratificante.
A necessidade de inverter  esta tendência prende-se com a informação que deverá passar dos meros  filmes porno ou livros que, só alimentam o lado animalesco masculino, em  que se privilegia o acto mecânico da penetração, as posições que,  muitas vezes, são meras descompressões de prazer avulsas e bruscas, para  um olhar atento da companheira que se tem ao lado.
O homem deverá  interessar-se pelo prazer da mulher, pela forma como se excita e atinge o  orgasmo, pois caso contrário, terá um objecto de prazer a curto-prazo,  do qual se cansará em pouco tempo e vislumbrará a troca.
Por outro  lado, a mulher também tem um papel decisivo: ajudar o homem a  satisfazê-la, partindo do pressuposto de que ele não sabe e ensiná-lo.  Neste aspecto, também os media podem ter um papel importante, pois  difundir outras formas de viver a sexualidade, funcionará como um  acrescento cultural necessário e capaz de contrapor as ideias anteriores  do “animal feroz” na cama, que se acha o máximo e que cumpriu o Kama  Sutra, mesmo sem que a mulher se tenha apercebido!
A sexualidade  feminina não começa nem se esgota na cama, já que a vida diária pode ou  não excitá-la para o acto de prazer. A mulher valoriza a convivência, a  comunicação entre o casal, o apoio, o afecto e a entrega do parceiro no  relacionamento.
Sem esses requisitos, dificilmente manterá uma  sexualidade satisfatória, pois é uma questão biológica. Se o passado nos  deu uma ideia errada da mulher, cabe ao presente repor a verdade, pois  afinal, tudo mudou e é preciso aceitar os novos desafios, por uma  sexualidade plena.
A mulher levou uma história para tentar inverter a sexualidade masculina, agora deverá fazer a história da satisfação feminina!
Maria Gomes
in Gastronomias      
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